A localidade de Moita dos Ferreiros é antiquíssima, tal como consta do livro de registos da Torre do Tombo. Existem indícios que a sua formação remonta ao início do séc. XII, podendo-se tomar como exemplo a Lenda da Aparição de Nossa Senhora, em Misericórdia, lugar desta freguesia no ano de 1182.

D. Manuel conferiu, em 10 de Março de 1514, o foral a Moita dos Ferreiros, que passou a ser capital de um concelho com o mesmo nome, tendo comarca. Posteriormente foi integrada nas comarcas de Óbidos, Alenquer, Torres Vedras e desde 6 de Novembro de 1852, transitou para o concelho da Lourinhã, juntamente com três outras freguesias.

Ignora-se a data da fundação da Freguesia mas podemos apontar para os finais do século XVI ou princípios do seguinte. Em termos eclesiásticos, Nossa Senhora da Conceição de Moita dos Ferreiros era um courato da apresentação do prior de S. Pedro, da vila de Óbidos. Tinha o cura de rendimento anual sessenta alqueires de trigo, trinta de cevada e um tonel de vinho.

Apesar destes dados históricos não serem consensuais, foram aceites, em 13 de Maio de 1999, data festiva na freguesia que celebrava a 5ª Feira da Ascensão e a sua tradicional festa na Misericórdia, no Plenário da Assembleia da República, dois Projetos-lei, que tiveram por fim elevar a povoação de Moita dos Ferreiros à categoria de Vila, ambos mereceram a aprovação unânime dos deputados.

A freguesia de Moita dos Ferreiros é uma das maiores do concelho da Lourinhã e dista da sua sede 9 km. De Lisboa, capital do distrito, dista 70 km. Enquadrada numa bela paisagem de campos cultivados e de arvoredo, arruma-se no sentido Norte-Sul, sendo cortada a meio pela E.N. 361, a melhor via de acesso à A8.

A freguesia de Moita dos Ferreiros é composta por diversos lugares, tais como: Cantarola, Casal dos Pinheirinhos, Casal Vale da Eira, Montes Claros, Casal Mulato, Casal Moutela, Casal do Entrevão, Casal Torneiro, Casal da Lapa, Casal da Mata, Casal Novo, Casal Campina, Casal da Várzea, Casal da Seixosa, Casal Moinho, Casal da Boavista, Casal Caniçal, Casal da Genoveva, Quinta do Bom Sucesso, Pinhoa e Misericórdia.

O nome de Moita ou Mouta, como antigamente se grafava, quer dizer mata ou floresta o que demonstra que todo este território, nos primeiros tempos da nacionalidade, se encontrava em estado bravio.

Uma toponímia que de imediato nos aponta para a forma como o território foi povoada no período subsequente à fundação da Nacionalidade. Os casais eram pequenas explorações agrícolas “alugadas”, por assim dizer, pela coroa ou pelas grandes instituições nobiliárquicas e clericais. Os caseiros fixavam-se assim em determinado local, cultivavam a sua terra e pagavam uma renda anual ao seu senhorio. O objetivo era claro, o desenvolvimento e povoamento de um País que estava ainda ameaçado pela sua jovem idade e pelos ataques vindos do exterior.

Atualmente, com cerca de dois mil habitantes, esta povoação tem como principal actividade a agricultura. Rui Marques Cipriano descreve o panorama económico dos últimos anos na freguesia: “No caso da Moita, a perda de população acompanha a decadência da cultura da vinha, principal produção da freguesia, e consequentemente do comércio do vinho e aguardente, esta aqui fabricada e que faziam da Moita um dos mais importantes centros vinícola da Região do Oeste. (…) As atividades económicas da freguesia continuam ligadas à agricultura, nomeadamente às explorações agropecuárias e florestais”.

Nasceu nesta freguesia José Maria da Silva Rego, o célebre “Mineiro”. O seu percurso é igual a tantos outros neste País. Muito pobre, emigrou para o Brasil e ali fez fortuna. Regressou à sua terra logo que lhe foi possível, e aqui aplicou todo o seu dinheiro em obras de caridade e no auxílio da sua paróquia.

Origem

Está situada no litoral Oeste a 10 km do mar, pertence ao concelho da Lourinhã e distrito Lisboa.

Em tempo do século passado a vila da Moita dos Ferreiros pertenceu aos concelhos de Óbidos, mais tarde Alenquer e então depois à Lourinhã.

É uma terra de grandeza em agricultura.

Personagens Famosas

Veiga Regosendo ele o autor da construção da igreja Matriz.

António Emílio Cruz e Silva, tendo sido um dos primeiros presidentes de Junta de Freguesia, e pai do senhor.

Acácio Cruz e Silva, sendo o primeiro doutorado em medicina desta terra, não esquecendo a senhora dona.